FAZENDO A FELICIDADE DOS BANQUEIROS
POSTADO POR: Roberto Capuano
EM: 07/11/2008
Compra e Venda
Financiamento Habitacional
Mercado Imobiliário
Negócios Imobiliários
Posso assegurar que a maioria dos Bancos odeia financiar imóveis, e o faz pela obrigatoriedade de utilizar 65% dos recursos do FGTS para financiamentos imobiliários.
Não preciso comentar, que as taxas de juros cobrados pelos bancos são extorcivas e diretamente responsáveis pela paralisação da economia.
Os financiamentos imobiliários são de 12% ao ano a longo prazo.
O cheque especial atinge 14% a vista.
Se o amigo fosse banqueiro onde preferiria aplicar os 65% do FGTS?
Ainda que estes recursos fossem utilizados para pequenas empresas adquirirem capital de giro, o mínimo que pagariam seria 50% ao ano pelo empréstimo do dinheiro do trabalhador, aplicado por quase nada.
Vejo com espanto, que as autoridades estão admitindo discutir a hipótese de reduzir os financiamentos imobiliários como “incentivo” aos Bancos para reduzirem suas taxas.
Surpreende, e muito, sequer admitir o assunto pelo absurdo da proposta.
São Paulo tem 2.000 favelas, claro fator indutivo de criminalidade, o financiamento habitacional de 100% colocaria no mercado nada menos que 6 milhões de inquilinos potenciais consumidores que trocariam seus aluguéis pelo valor da prestação ativando toda a economia através da indústria imobiliária, e admite-se discutir a hipótese de reduzir os financiamentos imobiliários que já são escassos e difíceis.
Acredito, como nunca acreditei antes no atual Governo e no Presidente e no Ministro da Fazenda, e com ambos tive oportunidade de conhecer e conversar longamente, ficando definitivamente convencido de serem homens idealistas e preocupados com o povo, principalmente os menos favorecidos.
Também tive a oportunidade de conhecer e admirar muitos dos componentes do atual Governo, e sou testemunha de sua real preocupação social, notadamente na área habitacional onde sempre concentrei o assunto das conversas e debates.
Por tudo isso, a simples admissão de discutir a hipótese é absolutamente surpreendente, e certamente quem apresentou esta sugestão merecerá o total repúdio da proposta.
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